segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O RITO YORK NO BRASIL - 1ª Parte

O RITO YORK NO BRASIL
1ª Parte
por Ven. Irmão Sérgio Roberto


Depois da Guerra Civil[1] dos Estados Unidos da América do Norte, houve um êxodo de cidadãos estadunidenses, que tinham servido no Exército Confederado[2], vítimas dos longos anos de guerra, da onda terrível de assaltos dos negros libertados, procurando vingança, e que encontraram as suas terras devastadas durante as lutas. Foram várias dezenas de milhares de estadunidenses que imigraram do seu país, e cerca de 10.000(dez mil), vieram para o Brasil, e no meio deles muitos aventureiros e fugitivos da Justiça, e até estrangeiros europeus, que aproveitavam as facilidades de transporte dados por “verdadeiros” consórcios imigratórios, muitos de origem duvidosa, formados por aproveitadores do infortúnio humano.
Estas imigrações começaram com maior intensidade para o Brasil depois de 1865, radicando-se a primeira leva principalmente em Iguape (em 1866), a maioria do Estado do Texas.
Um outro grupo, composto de famílias do Estado do Alabama comprou e reformou um veleiro velho “WREN”, que batizaram com o nome de “TARTAR”, e nele embarcaram para o Brasil em 17 de abril de 1868, levando a viagem cerca de dois meses, e mandando vir depois parentes e amigos que lá ficaram.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, os imigrantes orientados pelo Irmão Cel. Norris, foram recebidos pelos Irmãos George e Charles Nathan (dois ingleses casados com as irmãs Goodman, do Estado do Alabama). Estes ingleses, ambos Maçons, iniciados no Rio de Janeiro, na St. John’s Lodge nº 703, em 1846 e 1847, respectivamente, aconselharam o Cel Norris e os de seu grupo a se radicaram nas imediações de Campinas-SP, conselho que foi aceito, e assim todos viajaram para a região de Santa Bárbara, onde o Cel. Norris comprou uma grande fazenda “Machadinho”, da qual foi depois cedendo partes aos outros imigrantes.
Teve o Brasil a felicidade de abrigar, neste caso, um grupo homogêneo, de boa índole e cultura, e com a vontade férrea de aqui progredir e formar um novo lar. Tinham vendido o que possuíam nos Estados Unidos, e muitos trazendo os implementos necessários ao cultivo da terra. Não se tratava dos imigrantes normais, que precisam e exigem o auxílio da nação que os acolheu, chucros e sem cultura. Tratava-se, isto sim, de cidadãos que escolheram e compraram as suas terras nas imediações de Santa Bárbara, onde o acre era vendido, naquela época, numa base de US$ 2,00. Eram cidadãos habituados ao cultivo do solo, que vinham acompanhados de suas famílias, em media com 4 (quatro) a 5 (cinco) filhos, mas havendo muitos com até 12 (doze) dependentes.


Cel. WILLIAM HUTCHINSON NORRIS
O líder destes imigrantes, sem sê-lo oficialmente, era o Cel. William Hutchinson Norris, mais conhecido como o “Cel. Norris”, homem maduro e experiente, nascido em 17 de setembro de 1800, então com 67 anos, um hábil administrador, conselheiro e político, que trazia ao Brasil também os seus 11(onze) filhos, entre os quais destacava-se o Dr. Robert Norris, que lutara na Guerra Civil dos Estados Unidos da América do Norte, durante quatro anos, fora ferido várias vezes e no fim tinha sido aprisionado no Fort Delaware. Tinha ele então 28 anos de idade.
Tanto o Cel. Norris (pai), como o seu filho Dr. Robert C. Norris eram maçons.
WILLIAM H. NORRIS (pai) – Foi iniciado em 08 de dezembro de 1838, passado em 12 de janeiro de 1839 e elevado em data de 09 de fevereiro de 1839 na “Dale Lodge nº 66”, de Liberty Hill – jurisdição da Grande Loja do Estado do Alabama, da qual chegou a ser Venerável Mestre de 1845/47. Em 1849 filiou-se na “Fulton Lodge, de Dallas em que ficou até 1857/58. DE 1859 até 1865 foi Venerável Mestre da Mount Pleasant Lodge, da qual pediu desligamento[3] em 13 de outubro de 1866 para vir ao Brasil.
Em 1860 ele já tinha sido Deputado do Grão Mestre e no exercício de 1861/62, foi Grão Mestre da Grande Loja do Estado do Alabama.
Faleceu em 13 de julho de 1893.
ROBERT CÍCERO NORRIS (seu 4º filho) – Era médico, mas concluiu o seu curso de medicina só em 1889/90, quando passou um ano em Móbile (Estado do Alabama), na Universidade de Alabama. Foi iniciado na Fulton Lodge, de Dallas, em 1858, a que também pertencia o seu pai. Era casado com Martha T. Steagall (Pattie), capitão e mais tarde naturalizou-se brasileiro, chegando a ser até delegado da polícia na Villa.
Faleceu em 1913.
Quando todos já estavam instalados, mais ou menos arrumados e aclimatados no Brasil, o Cel Norris resolveu reunir os Maçons que haviam entre os americanos já radicados em Santa Bárbara – e não eram poucos – fundando uma Loja Maçônica, a qual deram o nome de Washington Lodge, e como todos os fundadores tinham lutado pelo ideal de liberdade, é fácil compreender, que esta fundação foi recebida de braços abertos pelo Grande Oriente Unido do Brasil, quando em data de 12 de novembro de 1874 concedeu a Carta Constitutiva Provisória, para que aquela Loja começasse a trabalhar, e já em 19 de novembro do mesmo ano lhes forneceu a Carta Constitutiva definitiva para trabalharem nos graus simbólicos do autêntico Rito de York. Já em 07 de agosto de 1877 deu-lhes então autorização para que adotassem integralmente os graus simbólicos do Rito de York em língua inglesa. Trabalhavam às quinta-feiras.
Pouco se sabe das atividades dessa legendária Oficina Franco-Maçônica, pois os seus componentes formavam um grupo muito fechado, que pouco ou nenhum contato mantinha com a Maçonaria Nacional, e se não fosse a meticulosidade de um Irmão inglês (historiador inveterado), o Irmão James Martin Harvey, praticamente nada saberíamos.


OS MEMBROS FUNDADORES
Em pé, da esquerda para a direita:
William Terrel[4]; Robert Daniel; Bony (Napoleon Bonaparte) Green; Henry Scurlock; Henry Clay Norris[5]; Marsene Smith e Robert Cicero Norris[6].
Sentados:
Junius N. Newman[7]; Cel. William C. H. Norris; Robert P. Thomas[8]; e John Domm.
Joseph Long Minchin; Edward M. Minchin[9]; Henry Farrar Steagall[10]; Edwin G. Britt; P. P. Fenley; Joseph H. Moore[11]; e George.

Parece que o Irmão Cel. William C. H. Norris só foi Venerável Mestre na fundação, pois tendo ele viajado para os Estados Unidos da América do Norte em 1876, ficando lá durante um ano para matar saudades, já em 1878 – então Loja nº 169 do Grande Oriente Unido do Brasil – a oficina empossou a seguinte administração:
1876: - Venerável Mestre – Robert Cícero Norris; 1º Vigilante George Dekalb Coulter[12]; 2º Vigilante R. C. Crisp[13]; Capelão William Mc. Fadden[14]; Secretário J. Smith; Tesoureiro J. A. Coole[15].
Já no ano de 1879 a Washington Lodge teve a seguinte administração: Venerável Mestre – Robert Cícero Norris; 1º Vigilante George Dekalb Coulter; 2º Vigilante John Domm[16]; Tesoureiro Alfred Iverson Smith[17]; Secretário Benjamin H. Norris[18]; 1º Diácono Henry Clay Norris[19]; 2º Diácono Wilber Fisk Knight[20]; Capelão Junius N. Newman[21]; Cobridor – A. P. Finley[22].
Consta-se ainda que entre 1879/80 temporariamente os Irmãos William Terrell e Joseph Whitaker ocuparam “Ad Hoc” os cargos de Venerável Mestre e Secretário, respectivamente[23].
No ano de 1780 foi empossada a seguinte administração: Venerável Mestre – Robert Cícero Norris; 1º Vigilante John Domm; 2º Vigilante E. B. Smith[24]; Tesoureiro Alfred Iverson Smith; Secretário Benjamin H. Norris; 1º Diácono John Edward Steagall; Capelão Junius N. Newman.
Em 18 de janeiro de 1883, o Grande Oriente Unido foi incorporado pelo Grande Oriente do Brasil, ficando então a oficina sob a jurisdição deste, que em 1884 lhe aprovou a eleição, mas não publicou o quadro, pois de 1885 até 1888 deixou de publicar o seu Boletim Oficial.
Em 13 de julho de 1893, o Cel Wiliam C. H. Norris, vítima de pneumonia, falece.
O corpo do Cel. William C. H. Norris é sepultado no “cemitério dos sulistas” de Santa Bárbara do Oeste. Sua idolatrada esposa Mary falece poucos meses depois. Os filhos do Cel Norris já se tinham dispersados, de modo que logo depois foi o resto da antiga fazenda vendido a Abrahan Abe, que nunca tinha conseguido terras próprias.
Teve o Cel Norris vários negros escravos, que viviam a uns 3km de sua casa, soltos mas nunca tentaram fugir, e mesmo quando libertados em 1888 ficaram com a família, que se tinha tornado a sua. Não se sabe que destino tomaram depois da venda da fazenda.
Não resta a menor dúvida, que depois da morte do patriarca..., e da dispersão da família – o Dr. Robert Cícero Norris tinha sido praticamente Venerável Mestre durante vinte anos – a Washington Lodge estava condenada ao adormecimento, ainda mais quando em 1893 o Maçom Martim Francisco Ribeiro de Andrade estava começando a sua “Campanha Separatista do Estado de São Paulo da União”.
Nestas condições, a subscrição feita em nome da Loja, na importância de R$: 970$000, numa coleta de numerário para a Construção de uma nova igreja para a comunidade, contratado em 28 de setembro de 1903 com Luiz Capabianchi por dois contos de réis (isso a mão de obra) pode até ser considerado como liquidação do “saldo em caixa da Loja”, em mãos do ultimo Tesoureiro, por certo ainda o Irmão John F. Whitehead, imigrante chegado a Santa Bárbara depois de 1878.


AS COLUNAS “J” & “B” DA LEGENDÁRIA WASHINGTON LODGE

As colunas da Loja, confeccionadas pelo Irmão John Edward Steagall, durante mais de 50 anos ficaram guardadas na casa de algum descendente dos ex-obreiros do quadro, mas quando se fundou finalmente uma Loja em Santa Bárbara, em 11 de julho de 1948, a Loja “Campos Sales II” – GOB, estes descendentes, ao se tornarem Maçons, as entregaram a esta nova Loja, e elas (colunas) estão lá até hoje.
Mas, por qual motivo teria adormecido a Loja? É fácil de explicar.
Cerca de 5.000 americanos sulistas vieram ao Brasil, radicando-se na região de Santa Bárbara, mas no correr de vinte anos (uma geração), muitos deles, já idosos, foram morrendo, e outros – embora poucos – voltaram para os Estados Unidos. Os filhos dos imigrantes iam casando, e comprando suas próprias terras e casas em outras regiões, foram se mudando para cidades próximas como, por exemplo: Limeira, Capivari, Constituição (hoje Piracicaba), Tatuí, Campinas, São Paulo, e mesmo para outros estados.
Nessas condições a Washington Lodge, trabalhando por um ritual diferente, desconhecido dos Maçons brasileiros, e em língua inglesa, não mais dispunha de material humano suficiente para a renovação de seu quadro. A freqüência dos antigos membros, muitos residentes longe, ia diminuindo, e no fim a Loja abateu colunas.

Advertência: O presente trabalho pode ser copiado e utilizado única e exclusivamente para fins maçônicos, desde que, a fonte, ou seja, a origem seja devidamente citada.

Referências:
Rito York – O Simbolismo: Aprendiz Maçom – Hugo Borges & Sergio Cavalcante – Imprell Editora – 2008;
The History of Craft Masonry in Brazil – Compiled by Brother Peter Swanson – Comp. Litho. Ferreira Pinto – Rio de Janeiro – 1928;
Coletânea Bigorna 2º Volume nº 34/70 - Kurt Prober - Editora a Trolha
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Hutchinson_Norris
Imagem das colunas: Enviada pelo Irmão André Pompeu.


[1] Também denominada de Guerra da Secessão.
[2] O Exército Confederado ou Sulista era composto pelos Estados do Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana, Mississipi, Texas e Virgínia. 
[3] Quit Placet
[4] Era o 3º filho da viúva Terrell.
[5] Era o 6º filho do Cel. William C. H. Norris.
[6] Era o 4º filho do Cel. William C. H. Norris.
[7] Era Reverendo da Igreja Metodista.
[8] Era Reverendo da Igreja Batista. Faleceu 15 de março de 1877.
[9] Era filho de Joseph Minchin.
[10] Era pai de Martha, esposa de Robert C. Norris.
[11] Falecido em 15 de março de 1877.
[12] Era médico.
[13] Era agricultor.
[14] Foi capitão do Exército Confederado.
[15] Era agricultor.
[16] Era ferreiro.
[17] Era agricultor.
[18] Era o 9º filho do Cel William C. H. Norris.
[19] Era o 6º filho do Cel. William C. H. Norris.
[20] Era agricultor.
[21] Era Reverendo e residia em Constituição (Piracicaba).
[22] Era agricultor.
[23] Whitaker era casado com a filha do Cel. William C. H. Norris, Isabella.
[24] Era agricultor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Encontrar, Agir e Partir

Encontrar, Agir e Partir
por Ven. Irm. Hugo Borges

Aos Irmãos que trabalham no Rito York - Simbolismo, sempre ao término de nossas atividades maçônicas em Loja, nos deparamos com uma narrativa que para alguns passam despercebidos, porém para ouvidos mais atentos causa estranheza, pois o que tem a ver as ferramentas com nossa postura dentro desses trabalhos e fora dele? Aí você diz: Lá vem Hugo dizer que tudo que existe na maçonaria tem um propósito. E tem mesmo! Principalmente quando se trata do Rito York, e mais ainda quando está inserido no ritual.
Encontrar no Nível, agir pelo Prumo e partir sobre o Esquadro nos mostra grandes valores em que a maçonaria deposita seus ensinamentos. O Venerável Mestre reforça dizendo que “sempre nos encontrar, agir e partir…” e para isso nos pede “…as bênçãos dos céus descer sobre nós e todos os maçons regulares…

Vamos analisar o que nos diz cada ferramenta, no seu sentido filosófico, para poder compreender o que nos pede o Venerável da Loja:

O Nível
Instrumento que calcula desnivelamentos com o objetivo de nivelar horizontalmente um plano. Em maçonaria nos remete que somos todos iguais dentro da Loja. Mesmo que alguns no mundo lá fora sejam pessoas de grande prestígio social, dentro da Loja, inicia e recebe instruções como qualquer outro, sem privilégios ou subterfúgios. As únicas hierarquias que existem dentro de uma Loja são as do tempo e da dedicação, pois todos com tempo e dedicação poderão chegar aos mais altos graus e os maiores cargos. Uma grande representação desse encontro em Loja é a formação em que se encontram os Principais Oficiais (VM, 1ºV e 2ºV).


Então quando se perguntar ao encerramento: Como devem os maçons se encontrar? Olhe para os Principais Oficiais, pois eles estão a postos para que o nível seja respeitado ao nos encontrarmos.


O Prumo
Instrumento utilizado para medir a perfeita verticalidade de uma superfície. Em Maçonaria é o símbolo da profundidade do Conhecimento, da Retidão e da Justiça, que vem do alto. Representa, também, o Equilíbrio ou Estabilidade, quando perfeitamente a Prumo. Logo, ratifico que devemos agir com as virtudes representadas por esse instrumento.


O Esquadro
É um instrumento de desenho ou uma ferramenta utilizada em obras que também pode ser usado para fazer linhas retas verticais com precisão para 90º, a partir de uma base. Simboliza a Equidade, a justiça, a Retidão de caráter. Retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico quanto no moral e ético; assim, à retidão física, emanada do Esquadro, corresponde a retidão moral, caracterizada pelas ações de acordo com a lei, com o direito e com o dever, e a virtude de seguir retamente, sem se desviar, a direção indicada pela equidade. O esquadro soma e potencializa as qualidades do nível e do prumo, horizontal e verticalmente, no dever de os utilizarmos ao partirmos de nossas Lojas, colocando em prática aquilo que lá aprendemos.
Assim meus irmãos todos nós, juntos, munidos de todos os ensinamentos expostos na senda do conhecimento maçônico devemos “sempre nos encontrar, agir e partir”.


Advertência: O presente trabalho pode ser copiado e utilizado única e exclusivamente para fins maçônicos, desde que, a fonte, ou seja, a origem seja devidamente citada.
Referências
Rito York – O Simbolismo: Aprendiz Maçom, Hugo Borges & Sérgio Roberto, 2008 – Editora Imprell
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prumo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquadro
http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/maconaria.htm

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

RITO YORK - OFICIAIS E JÓIAS NAS LOJAS SIMBÓLICAS


RITO YORK - OFICIAIS E JÓIAS NAS LOJAS SIMBÓLICAS
pelo Ven Irm. Sérgio Cavalcante
Os oficiais e jóias dos cargos mais comuns existentes nas Lojas Simbólicas do Rito York nas Grandes Lojas dos Estados Unidos da América do Norte são as seguintes:



Venerável Mestre

1º Vigilante

2º Vigilante

Tesoureiro

Secretário

1º Diácono




2º Diácono

Capelão

1º Mordomo

2º Mordomo

Marechal[1]

Cobridor (Tyler)




Organista

Mestre de Cerimônias[2]

Guarda Interno ou Sentinela[3]

Orador[4]

Historiador[5]

Conferencista[6]

Musicista[7]

Eletricista[8]

Depositário[9]

Advertência: O presente trabalho pode ser copiado e utilizado única e exclusivamente para fins maçônicos, desde que, a fonte, ou seja, a origem seja devidamente citada.

BIBLIOGRAFIA:

- Rito York – O Simbolismo: Aprendiz Maçom – Hugo Borges & Sergio Cavalcante – Imprell. Editora – 2008;
- Arquivo pessoal




[1]Em algumas jurisdições o Marechal porta um cajado, ao estilo do “cajado de comando” dos Oficiais Generais das FFAA. O cargo de Marechal é semelhante aos cargos de 1º e 2º Mestres de Cerimônias. E a denominação “Marechal” não significa na verdade um cargo militar.
[2]Os cargos de 1º e 2º Mestres de Cerimônias existem em algumas (raríssimas) jurisdições norte-americanas. Em síntese, seu dever principal é preparar os candidatos. Eles também ajudam na condução dos candidatos durante as cerimônias de iniciação, passagem ou elevação. Esses dois cargos são semelhantes ao cargo de Marechal.
[3]O cargo de "Guarda Interno" (ou Sentinela Interno) é mais comum em Lojas do Reino Unido, mas existe mesmo de forma rara em Lojas Simbólicas Americanas. Essa posição é comumente atribuída ao 2º Diácono. A tarefa de guardar a porta é compartilhada com o "Cobridor (Tyler)". O Guarda Interno fica na parte interior da porta externa, e em algumas jurisdições ele deve estar armado com um punhal.
[4] Orator. Não confundir com o cargo de Orador adotado pelo REAA. Não é um cargo litúrgico. É um cargo geralmente ocupado por um Ex Venerável Mestre. Em algumas jurisdições, há uma forte tradição de pesquisa e educação maçônicas, e a apresentação de trabalhos pelos membros é tão comum quanto as cerimônias de grau ou outros assuntos. Nesses casos, o Orador pode apresentar os trabalhos ou ser o responsável por que outros os apresentem. Ele também pode ser convocado para falar ao se celebrarem eventos importantes da vida da Loja.
[5] Historian. A maioria das Lojas tem um membro antigo (de preferência um Ex Venerável Mestre) que possui particular interesse na história da Loja. Em algumas jurisdições, esse interesse pode levar à indicação de um oficial formal como o Historiador da Loja. Este cargo envolve o arquivo dos documentos e artefatos, bem como a publicação e a atualização das informações históricas.
[6] Lecture. Não é um cargo litúrgico. É geralmente ocupado por um Ex Venerável Mestre (Past Master). Esse Irmão (em algumas jurisdições) é o encarregado de ministrar instruções.
[7] Musician. Em Lojas que não tem órgão (instrumento musical), é designado um Irmão para ocupar esse cargo, sem ser oficial. A Jóia é igual ao do tradicional Organista. É comum em algumas jurisdições.
[8] Eletrician. Não é um cargo litúrgico. É o Irmão responsável por todas as luzes ornamentais ou não do Salão da Loja. É comum em algumas jurisdições.
[9] Trustee. Não é um cargo litúrgico. Geralmente quem ocupa esse cargo é um Ex-Venerável Mestre. E é o responsável pelo erário da Loja, destinado a doações e outros fins nobres. É comum em algumas jurisdições.